73
REVISTA REAÇÃO
E eu perguntei, dirigindo-me àquela jovem que não
conseguia parar de sorrir:
- Qual é o seu nome, hein ?
- Michelle !... Respondeu ela, apertando as luvas com
ambas as mãos. Olhando-me agradecida pelos cumpri
-
mentos, com um sorriso de pura felicidade pela vitória
conquistada, cou atenta ao meu comentário.
- Continue assim, Michelle. Comunique ao Instituto
a reação que não é só
minha, não... Garanto
que todo o mundo foi
pego de surpresa. De
-
fenda o uso de luvas
brancas em eventos
como este, com bas
-
tante gente presente.
Foi até comovente.
Você sabe !...
Identiquei-me me
-
lhor quem eu era, para
ela ter uma idéia do alcance eventual do sucesso que tivera
e, ainda sorrindo muito, inclinou-se para mim e cochichou:
- Obrigada... Obrigada de verdade. Vou fazer como o
senhor sugeriu. Juro mesmo.
Deu-me as mãos, um pouco atrapalhada com as luvas
brancas e voltou-se para as amigas.
Deixei as cinco, com todas falando ao mesmo tempo
sobre o sucesso. Ao procurar a mesa onde se localizara o
Fred, quei repetindo comigo mesmo:
- Michelle... Michelle... Essa garota vai longe !
Pois é meus amigos... o mundo dá muitas voltas, os
anos passam e todos os dias temos surpresas boas.
A Michelle foi longe mesmo como eu havia previsto. Sim,
meus amigos, estou falando de Michelle Bolsonaro. Só
posso armar com tudo isso que assisti tantos anos,
que essa moça não está lá sem motivo.
Se vocês não acreditam em meu relato, posso repetir
as palavras de Gonçalves Dias no poema “Y Juca Pirama”.
Ao perceber que a história do velho índio sobre as proezas
de seu lho parecia inverossímil, chamou a atenção de
todos os garotos que formavam uma roda, toda sentada
ao seu redor e armou, levantando o dedo indicador:
- Meninos... Eu vi !
PORQUE
PRECISAMOS DE
CONTABILIDADE ?
A
s associações e Fundações sem ns lucrativos
são consideradas pessoas jurídicas, portadoras
de CNPJ e um dos fatores que as diferenciam das
empresas é a prova de que não buscam lucrar, nem
distribuir seu patrimônio aos associados (dirigen
-
tes). Por conta disso as associações precisam que contadores
registrem em livros diários, toda movimentação nanceira e de
suas atividades.
Artigo 9º. e 14º. do Código Tributário Nacional artigos 1179
e 1180 do Código Civil Brasileiro.
Se uma associação ou fundação, não tiver o livro diário con
-
tábil com registros de suas atividades, que represente dedig-
namente sua vida poderá sofrer a despersonalização da pessoa
jurídica.
• artigo 50 do código civil e Lei 13.105/15.
Neste caso os dirigentes poderão responder com os seus
bens pessoais, inclusive contas bancárias;
Agora que já mencionamos as obrigações legais que são
produzidas obrigatoriamente por um contador, envolvendo a
transparência e prestação de contas, vamos falar das obrigações
scais que toda entidade sem ns lucrativos tem de cumprir, mas
nem sempre tem conhecimento dessa imposição legal.
Somos consultados diariamente por associações e funda
-
ções, altamente endividadas por conta de não terem cumprido
com as obrigações scais, seja por falta de contador ou de
certicado digital ou conhecimento dessa necessidade ou tudo
isso junto. As penalidades a que estão sujeitas vão desde o
cancelamento do CNPJ até a execução judicial por conta das
multas aplicadas a quem não tenha cumprido com a entrega
dessas obrigações, que não são poucas, entre as quais temos:
DCTF, GFIP, EFD, RAIS, e-Social. Todas as entidades do tercei
-
ro setor são obrigadas a entregar tudo isso, quer estejam em
atividade ou não.
Por m, uma vantagem extra do relacionamento mais próximo
da contabilidade pode ser vista na montagem de projetos sociais
com maior sustentabilidade, transparência e eciência.
TERCEIRO SETOR
POR RICARDO BERÁGUAS
Ricardo Beráguas
é contador, proprietário da A2 Oce –
escritório de contabilidade especializado
em entidades do terceiro setor, e
presidente do Instituto A2 Oce.
Email: contador@a2oce.com.br
Site: www.a2oce.com.br
Otto Marques da Silva
é Membro da União Brasileira
de Escritores, autor de livros
sobre o tema e consultor em
Reabilitação Profissional